Diagnóstico

Em caso de suspeita de Esclerose Múltipla, a primeira coisa a ser feita é confirmar o diagnóstico.

Deve-se então procurar o médico neurologista que é o profissional mais adequado para investigar e tratar pacientes com essa doença.

Existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas que podem ter sintomas semelhantes ao da Esclerose Múltipla. O mais importante é integrar conhecimento médico e história de vida do paciente, além de realizar exames físicos, neurológicos e laboratoriais para auxiliar no diagnóstico.

Enganos mais comuns

  • Subvalorizar ou supervalorizar sintomas, levando a falso positivo e falso negativo em relação ao diagnóstico de EM.
  • Em caso de dúvida, aconselha-se repetir os exames.

Critérios básicos para diagnosticar Esclerose Múltipla

  • Evidência de múltiplas lesões no Sistema Nervoso Central (SNC).
  • Evidência (clínica ou paraclínica) de pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico em um indivíduo entre 10 e 59 anos de idade.

Exames solicitados pelo Médico Neurologista para auxiliar no diagnóstico

  • Ressonância Magnética de crânio e coluna em níveis cervical, torácico e lombar (em alguns casos).
  • Líquor onde o fluído que banha o SNC é retirado para exame.
  • Potencial evocado que mede a condução nervosa no seu trajeto visual, auditivo, motor e sensorial.

Taxa de prevalência da doença

De acordo com o Atlas da Esclerose Múltipla de 2013, a prevalência da doença no Brasil é de 5,01 a 20 pessoas a cada 100 mil habitantes. Quanto mais distante da Linha do Equador, ou seja, quanto maior a latitude, maior a prevalência.

É uma doença que acomete adultos jovens, principalmente mulheres. É mais comum em caucasianos do que em outros grupos raciais. Idade de maior adoecimento entre 20 e 50 anos. No entanto, hoje já se realiza cada vez mais o diagnóstico em idades menores, inclusive em adolescentes e crianças. Acima dos 50 anos também há descrição de  casos de início da doença.

Tipos de Esclerose Múltipla

  1. Evolui com surtos cujos sintomas ocorrem de maneira súbita com posterior recuperação parcial ou total dos mesmos, nesse caso chamada Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR) ou surto remissão. Essa é a forma mais comum de Esclerose Múltipla e os surtos podem deixar sequelas ou não. 
  1. Evolui sem surtos, mas com sintomas progressivos acumulados ao longo do tempo, nesse caso chamada Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP).
  1. Evolui com sintomas lentos e progressivos com o tempo em indivíduos que possuem inicialmente a forma remitente recorrente (EMRR). Pode evoluir com ganho de sintomas sem surto, em geral após 20 anos de doença, nesse caso chamada de Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP).

Surto

É o período em que os sintomas neurológicos da Esclerose Múltipla se manifestam de forma mais acentuada, podendo durar dias ou semanas.