Gratuidade

Temos noção disso? Ou só supomos que sabemos qual o conceito?  Primeiro conceito: condição ou estado do que é oferecido de graça; segundo conceito: condição do que é espontâneo ou injustificado.

Quantas opções há de gratuidade? De oferecer e receber. A gratuidade do Estado que é oferecida de graça, não é totalmente “free”, ela tem um custo embutido: diria que pode ser gratuito para você, mas tem uma legião de pessoas que “gastaram” para que se estabeleça sua gratuidade.

Chamo isso da lei da reciprocidade. Explico, com um exemplo, o serviço de saúde é assegurado pelo Sistema SUS , que é universal. Mas você já parou para pensar que ele não é tão de graça assim; sem me prender a discussões políticas, ou na questão se o Sistema deve ser de graça ou não, quero apenas uma reflexão de todos; nada é de graça, há um custo envolvido humano e material, ou você pensa que num passe de mágica aparecem os  médicos, dentistas e tantos profissionais mais? A gaze e o esparadrapo se materializam do ar? 

Há um custo em tudo. Imposto? Talvez. Há uma reciprocidade nisso? Sabemos receber essa “gratuidade”?

Como só penso em despertar reflexões, fica a dica: o que é gratuito?

Gratuidade também é quando recebemos injustificadamente, sem mérito, de graça.

São dois lados da gratuidade, o custo e o mérito. Será que merecemos o que é de graça?

Será que pensamos em tudo isso, quando recebemos um serviço gratuito. O atendimento, o voluntariado; por acaso é dever deles ofertar um tempo das suas vidas para nos?

Merecemos gratuidades?.

É isso aí. Paremos e questionemos, é de graça? Como assim?

“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.”

Mario Quintana